MIND



E amanhã falarei de como foi o"what the health documentary"



Esta imagem que se apresentou à minha frente como sobre qualquer outros olhares de todas as pessoas que se encontravam na praia mas que logo aí me pergunto, quantas pessoas olham para o que está a sua frente como um ensinamento ? .
Encontra-se um rochedo no meio do rio. 
O que vocês vêem? 
Para mim, esta imagem me fez lembrar um dos ensinamentos mais antigos e dos mais clichés e que aparece em variadíssimas histórias e lendas, mas que é sempre bom relembrar porque é o perfeito exemplo de como deve ser a nossa perspectiva perante os obstáculos interiores e os exteriores .
Quem é o obstáculos aqui ? A pedra ou a água?
Existem duas perspectivas possíveis aqui aos meus olhos..
Perante os obstáculos interiores, digo, pensamentos...creio que seja o rochedo o obstáculo e a atitude a tomar seja a da água. 
O rochedo encontra-se no meio do rio, mas em vez disso impedir que a água que nele bate continue o seu caminho , ela simplesmente flui à sua volta, encara o rochedo , tem consciência dele mas aceita a sua presença e em vez de confrontar essa dificuldade, contorna-a e continua o seu caminho sem olhar para trás . E assim deveríamos ser perante os nossos pensamentos criados por nós consoante variadissimas situações ou condições, que nos impedem de atingir o nosso maior potencial. 
Apesar do rochedo ser rijo e se batermos lá com o pé com força iremos nos magoar, enquanto que a água é suave e se batermos lá com o pé o máximo que conseguimos é nos molharmos , mas apesar da sua forma, o rochedo pouco ou nenhum poder tem na essência porque é imóvel e não nos leva a lado nenhum nem de nada nos adianta fazermos frente ou reclamar da sua presença, pelo contrário, só iremos ficar estagnados perante a sua presença tal como ele..enquanto se deixarmos o nosso corpo boiar na água confiando, ela nos levará a algum lado mesmo que não se saiba qual . 
Ora se encaramos o rochedo como o lado negativo da vida e a água e positivo porquê nos focamos no negativo, nos obstáculos , porquê encalhamos neles? Qual a necessidade? 
Quando começamos a pensar demasiado, o tal falado overthinking, em que encalhamos num pensamento em forma de assunto ou preocupação e estamos ali horas ou até dias a ruminar, para quê? É sem duvida uma defesa da mente ao pensarmos que quanto mais nos focarmos no assunto e pensarmos nele , mais rapidamente irá surgir uma solução. Mas não, poucas são as vezes que isso acontece. Enquanto se formos como a água, deixando fluir mesmo tendo consciência que aquele obstáculo existe , as coisas acabam por se resolver por elas mesmas. Por isso, para quê "bater com a cabeça na parede"?

Mas, vamos agora inverter as situações. 
E se o desafio for exterior a nós? Talvez aí a água seja o problema que caminha na nossa direcção. Que atitude devemos tomar? Talvez aqui a do rochedo seja aquela a ser tomada. 
Ele é imóvel e nada o demove de onde está nem o faz questionar da sua força, e por isso não se deixa abater pela corrente da água. 
Talvez devemos ser água na alma e pedra na mente. 
Ou como um dos meus mestres nos dizia também de alguns dos seus ensinamentos budistas, essas duas perspectivas resume-se em sermos como as varas de bambú: flexíveis mas firmes. 
Creio ser tudo uma questão de perspectiva e que não caiamos em ilusões porque a única verdade é que não é verdade e a única verdade é a nossa e ainda essa devemos ter a capacidade de questiona-lá constantemente porque até essa é inconstante. 
Porquê? Porque no entanto, o rochedo que está à vista é só uma pequena ponta e uma pequena parte do que está submerso, que é muito mais do que conseguimos imaginar e alcançar e daquilo que somos capazes de ser, o quanto forte somos capazes de estar enraizados. Vai por vezes muito mais além do que pensamos e nem nós conhecemos as profundezas do nosso Ser. 

Agora, pensem. Porque sim. 

Comentários

Mensagens populares